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O PARADOXO DO AUTOAPERFEIÇOAMENTO: QUANDO EVOLUIR SIGNIFICA SE PERDER.

por Daniela Leluddak / sexta-feira, 07 março 2025 / Publicado em Carreira

Falar sobre desenvolvimento pessoal e profissional tornou-se uma norma social. Cursos, fórmulas mágicas e um fluxo incessante de conteúdos nas redes sociais nos ensinam como ser mais produtivos, bem-sucedidos e atingir a alta performance. Mas até que ponto essa busca constante pelo “eu ideal” está nos levando ao progresso — e não à exaustão?

O desejo de crescer e melhorar é saudável, porém para muitos virou uma maratona sem linha de chegada. A pressão interna de sempre fazer mais, aprender mais e ser melhor nunca cessa. Não é de se estranhar que muitos já experimentem o que especialistas chamam de “burnout do autoaperfeiçoamento”, um esgotamento silencioso decorrente dessa busca incessante por melhoria contínua. Em outras palavras, quando o aprimoramento pessoal se torna compulsório, pode acabar gerando o efeito oposto ao desejado.

O Custo da Exaustão Invisível

A exaustão pelo excesso de autoexigência e trabalho pode levar a burnout, com queda na produtividade e danos à saúde.

A sociedade enaltece a produtividade como sinônimo de sucesso. No entanto, essa glorificação esconde um alto preço: o desgaste mental, emocional e físico de quem tenta acompanhar um padrão inalcançável.

Profissionais dedicados que se esforçam para crescer frequentemente pagam com noites mal dormidas, jornadas extenuantes e níveis de estresse que comprometem a saúde.

O resultado desse ciclo é um sentimento constante de desgaste e insuficiência. Estudos apontam que essa busca incansável por melhorias pode levar a fadiga, frustração e a uma sensação de falta de realização, apesar de todo o esforço despendido.

Especialistas descrevem sintomas claros desse esgotamento:

• Exaustão constante, mesmo após períodos de descanso;
• Dificuldade de concentração (muitas vezes levando à procrastinação);
• Irritabilidade e ansiedade frequentes;
• Perda de motivação e desinteresse por atividades antes prazerosas.

Ironicamente, enquanto tentam se tornar versões melhores de si mesmos, muitos acabam se sentindo “nunca bons o suficiente” – a sensação de estar sempre aquém do esperado. Esse sentimento permanente de inadequação apenas reforça o ciclo de exaustão, minando a confiança e a motivação

A Tecnologia e o Trabalho Sem Fim

Trabalho sem hora para acabar: a tecnologia torna difícil desconectar, misturando vida pessoal e profissional.

Um dos maiores impulsionadores dessa sobrecarga é a tecnologia. Hoje, o trabalho não tem mais horário fixo para terminar. O celular está sempre por perto e as notificações constantes reforçam a sensação de que devemos estar disponíveis a qualquer momento. Vivemos em estado de alerta contínuo, em que desconectar-se virou um privilégio e a linha entre vida pessoal e profissional praticamente desapareceu.

Para alguns, essa hiperconectividade pode até ser estimulante; para muitos, tornou-se um peso difícil de carregar. Quanto mais tentam dar conta de tudo, mais sentem que estão ficando para trás.

Pesquisas já indicam que o uso excessivo de tecnologia no trabalho está diretamente ligado a sintomas de estresse, burnout e distúrbios do sono. Um levantamento europeu revelou, por exemplo, que 66% dos trabalhadores apresentam dependência moderada ou alta de internet, resultando em maior ansiedade, cansaço mental e dificuldade para se desconectar do trabalho. Ou seja, a cultura do “sempre online” tem um custo real e elevado sobre nosso bem-estar.

O Papel dos Líderes na Cultura do Equilíbrio

Produtividade não é sinônimo de sobrecarga. Líderes e gestores precisam ter isso em mente ao fomentar o desenvolvimento de suas equipes. Quando um colaborador está constantemente cansado, desmotivado ou irritadiço, isso é um sinal claro de que ele pode estar no limite de suas forças. Cabe à liderança intervir antes que a exaustão se transforme em afastamentos por doença ou pedidos de demissão. Afinal, um profissional saudável é muito mais produtivo do que um profissional esgotado.

Para promover uma cultura de equilíbrio, líderes podem adotar medidas como:

• Dar o exemplo nos limites: Evitar responder ou cobrar e-mails fora do horário de expediente para não criar a expectativa de disponibilidade 24/7 na equipe. Caso seja necessário devido ao ritmo e nível de atendimento do escritório, é essencial esclarecer essa demanda de forma transparente, garantindo que os colaboradores compreendam as expectativas e possam administrar seu tempo de forma equilibrada.
• Reconhecer os sinais de burnout: ficar atento a comportamentos de cansaço crônico, queda de desempenho ou mudanças de humor na equipe, agindo prontamente para oferecer apoio.
• Incentivar pausas e autocuidado: valorizar períodos de descanso, férias de verdade (sem cobranças durante o recesso) e práticas de bem-estar, mostrando que equilibrar trabalho e vida pessoal não é falta de comprometimento, e sim inteligência.
• Estimular desenvolvimento sustentável: promover o crescimento profissional com metas desafiadoras porém realistas, reforçando que evolução não significa trabalhar até a exaustão. Lembre-se de que a mentalidade de “trabalhar sempre mais é igual a sucesso” já gerou uma verdadeira epidemia de esgotamento nas empresas ao redor do mundo. Romper esse ciclo exige lideranças que valorizem o equilíbrio.

Equilíbrio: O Verdadeiro Autoaperfeiçoamento

Autoaperfeiçoamento sem equilíbrio é um caminho perigoso. O desejo de crescer precisa vir acompanhado de limites claros — caso contrário, a sensação de nunca ser bom o suficiente pode minar a motivação e levar à frustração. Um dos maiores desafios na era das comparações constantes é entender que o sucesso não é uma corrida contra os outros, e sim uma jornada pessoal. Medir nosso progresso pelos feitos alheios pode até servir de motivação em alguns momentos, mas frequentemente alimenta a insegurança e a ansiedade.

As redes sociais, em especial, amplificam esse fenômeno ao nos expor apenas ao “melhor lado” da vida dos outros, fazendo-nos esquecer que cada um tem seu próprio tempo e percurso.

#EscutaADani: Crescer, Sim. Mas Com Consciência.

Não se trata de abandonar o desejo de evolução, mas de reavaliar como e a que custo estamos perseguindo o sucesso. O crescimento deve ser saudável, equilibrado e respeitar os limites individuais.

Praticar a autocompaixão e celebrar pequenas conquistas ao longo do caminho faz toda a diferença – pesquisas apontam que a autocompaixão aumenta a resiliência emocional e contribui para uma mentalidade mais saudável, sem os efeitos negativos dessa pressão interminável por melhorar. Em outras palavras, o caminho da autodescoberta e do progresso deve ser uma jornada prazerosa, não uma corrida desenfreada movida pela autoexigência.

Se há algo para lembrar depois de ler este texto é: você não precisa ser melhor do que os outros. Você precisa ser melhor para si mesmo.

Cada pessoa tem seu próprio ritmo de aprendizado e conquista, e respeitar isso é fundamental para um crescimento verdadeiro e duradouro.

#VaiPorMim: O Cansaço do Autoaperfeiçoamento Tem Limites


Ultrapassar os próprios limites pode levar a um desgaste tão profundo que afeta todas as áreas da vida. O estresse acumulado no trabalho não fica restrito ao escritório – ele invade os relacionamentos, corrói a saúde e prejudica o bem-estar geral. Portanto, minha mensagem final é clara: cuide-se.

Defina limites saudáveis, respeite seu ritmo e lembre-se de que a vida não é apenas feita de conquistas e produtividade, mas também de paz, saúde e qualidade de vida.

Esse tema foi abordado na minha coluna sobre carreira e mercado de trabalho na CBN. Escute, comente e compartilhe se fez sentido para você.


Até a próxima!

Sobre a autora

Daniela Leluddak é consultora corporativa, psicóloga clínica, palestrante e colunista, com mais de 25 anos de experiência. Reconhecida por seu trabalho no desenvolvimento humano, apoia líderes, famílias e empresas na criação de ambientes colaborativos, humanizados e de alta performance. É idealizadora da metodologia Análise Integral, que une psicologia, tecnologia e espiritualidade para capacitar pessoas e equipes a alcançarem seu máximo potencial.

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Tagged under: ambiente de trabalho, desenvolvimento profissional, enfrentar desafios no ambiente de trabalho, estratégias profissionais, gestão de carreira profissional, gestão do estresse, habilidades interpessoais, lidar com problemas no trabalho, produtividade no trabalho, resolução de conflitos no trabalho, sucesso profissional, superar dificuldades no trabalho

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